quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Sou tua...


Você chega e me devora
como bicho solto
segura meus cabelos
e incontido e louco
faz arder meus desejos



Chá das cinco...

Quatro jovens adolescentes... quatro amigas... maqueadas, arrumadas, na primeira festinha de suas vidas, 13 anos, salão do condomínio, os rapazes, as roupas, paqueras, danças, amizades, fofocas... alegria, muita alegria... Riam... e riam mais... e contavam...
E eu....ali... na mesa ao lado... recordando meu primeiro baile.


domingo, 16 de dezembro de 2012

Quero muito, quero mais..


ɳãѳ ɗɛรɛʝѳ ɓɛiʝѳ ɛ ɑɓʀɑçѳ 

                                          pѳiร รó quɛʀѳ pʆuʀɑiร 

                                                                            
 ɗɛรɛʝѳ ɑʀɗɛɳtɛร ɑɱɑรรѳร 

                                            tuɗѳ iรรѳ ɛ ɱuitѳ ɱɑiร...




sábado, 15 de dezembro de 2012

Q̶u̶e̶m̶ ?



Quem vai acalmar minha emoção,
quem vai furtar minha alma,
quando me lembrar de você na solidão?


sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Entenda....

Vou te explicar melhor
Não me perdi no caminho...
quem se perde tem um destino
eu procuro paz, esperança... futuro.


terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Está chegando....

 O clima muda... o mundo muda... a gente se encanta....


 É sim um momento mágico... de alegria... solidariedade...


Paz e muito amor..


quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Porque eu posso...


Vasculhando nas memórias algum assunto, encontrei a carta que eu rabisquei na capa de um livro: “pra você”, era o destinatário. Não sei por que não mandei, talvez não quisesse passar a limpo o passado. Em letras garrafais eu te dizia: “acertei o caminho não porque segui as setas, mas porque desrespeitei todas as placas de aviso”. E achei curioso eu usar essa metáfora sem nem ao certo saber o que queria te dizer com isto. E depois de repousadas aquelas palavras eu percebi quanta coisa eu escrevi pra você, querendo dizer pra mim. Porque eu jamais chegaria aonde cheguei se só andasse em linha reta. Tive que voltar atrás, andar em círculos, perder dias, perder o rumo, perder a paciência e me exaurir em tentativas aparentemente inúteis pra encontrar um quase endereço, uma provável ponte: a entrada do encontro.Você tão ocupado com seus mapas, tão equipado com sua bússola, demorou tanto, fez sinais de fumaça e não veio. Você simplesmente não veio. Mas me ensinou a intuir caminhos certos, a confiar nos passos, a desconfiar dos atalhos. Porque eu estava do outro lado e só. Sem amparo. Mas caminhava. E você estava absolutamente equipado com seu peso. E impedido de andar por seus medos.
Marla de Queiroz
Entendi que posso errar mil vezes, mas sigo adiante... sigo me arriscando e tentando me encontrar... Porque eu posso... porque, apesar de tudo, sou ainda mais livre do que você.... E... sim... Você continuará sempre, por medo, no mesmo lugar... Sorry...

sábado, 1 de dezembro de 2012

Meu corpo... sua folha...

Seus contos nasciam
em meu cabelo em desalinho
e ficavam gravados,
como tatuagem,
nas curvas do meu corpo
em desvario…

Meu corpo era sua folha
meu lábio sua caneta

antes de ti 
não existia a escrita,
a palavra

Antes de ti
tudo era limbo, 
desatino.

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

O Livro - Diário de uma paixão


Ali ficou...
olvidado,
escondido entre antigas fotos, cartões postais, chaveiros...
em um escuro e frio sótão

Ali ficou... durante anos
... silente...
Havia a tudo presenciado, os desejos, os sonhos...
suas orelhas ouviram promessas, juras... era encantado

Ali ficou... enterrado...
a linda caligrafia gravada com perfeição, carinho, dedicação... em suas páginas nunca folheadas
Uma história de um amor... contada, cantada em verso e lágrimas... marcando folhas...

Ali ficou...
toda verdade, toda declaração...
a vontade, ansia, da chegada... motivos e revelações..

Surpreendentemente em uma cinza e chuvosa manhã, precisamente às sete horas e quinze minutos do dia dois de agosto de mil novecentos e onze, em uma fria terça-feira, algo inesperado aconteceu...
Assim como os pingos da chuva... assim como a água da imensa tempestade, do dia, escoando pelas ruas... no interior das páginas;
 letras, sílabas, vocábulos, movimentam-se
 parágrafos, diálogos, orações, figuras de linguagem, interrogações... 
tudo... e abandonam a história...
Fim de um livro... vazio de uma vida.

terça-feira, 27 de novembro de 2012

Mude...

Quando penso que uma palavra
Pode mudar tudo
Não fico mudo
Mudo
Quando penso que um passo
Descobre o mundo
Não paro passo
Passo
E assim que passo e mudo
Um novo mundo nasce
Na palavra que penso

(Alzira Espíndola e Alice Ruiz)

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

El Sol



El sol nos olvidó ayer sobre la arena,
nos envolvió el rumor suave del mar,
tu cuerpo me dio calor,
tenía frío,
y allí, en la arena,
entre los dos nació este poema,
este pobre poema de amor
para ti.



Mi fruto, mi flor,
mi historia de amor,
mis caricias.

Mi humilde candil,
mi lluvia de abril,
mi avaricia.

Mi trozo de pan,
mi viejo refrán,
mi poeta.

La fe que perdí,
mi camino
y mi carreta.

Mi dulce placer,
mi sueño de ayer,
mi equipaje.

Mi tibio rincón,
mi mejor canción,
mi paisaje.

Mi manantial,
mi cañaveral,
mi riqueza.

Mi leña, mi hogar,
mi techo, mi lar,
mi nobleza.

Mi fuente, mi sed,
mi barco, mi red
y la arena.

Donde te sentí
donde te escribí
mi poema.
(Joan Manuel Serrat)

O sol esqueceu-nos ontem na areia, nos envolveu o suave murmúrio do mar, seu corpo me deu calor, estava frio e estava lá, a areia entre os dois nasceu neste poema, este pobre poema de amor para você.

Minha fruta, minha flor, minha história de amor, minhas carícias.

Minha humilde candil, minha chuva de abril, minha ganância.

Meu pedaço de pão, meu velho ditado, meu poeta.

A fé que eu perdi, meu caminho e meu carrinho.

Meu doce prazer, meu sonho de ontem, minha bagagem.

Meu canto quente, minha melhor canção, minha paisagem.

Minha primavera, meu cañaveral, minha riqueza.

Minha lena, minha casa, meu telhado, meu lar, minha nobreza.

Minha fonte, minha sede, meu barco, minha rede e areia.

Onde eu me senti quando escrevi meu poema. 

(Joan Manuel Serrat)

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Sim... foi assim...


A Terra girou para nos aproximar
Eugenio Montejo - Caracas, Venezuela, 1938

A Terra girou para nos aproximar,
girou ao redor de si mesma e dentro de nós,
até que finalmente nos uniu neste sonho
como foi escrito no Simpósio
Noites passaram, neves e solstícios;
O tempo passou em minutos e milênios
Uma carreta que ia para Nínive
Chegou a Nebraska.
Um galo cantava distante
Na pré-vida de nossos pais
A terra girou musicalmente
Levando-nos a bordo;
Não parou de girar um único momento,
Como se tanto amor, tanto milagre
era somente um provérbio escrito há muito tempo
entre as partituras do Simpósio

"La tierra giró para acercarnos,
giró sobre sí misma y en nosotros,
hasta juntarnos por fin en este sueño,
como fue escrito en el Simposio.
Pasaron noches, nieves y solsticios;
pasó el tiempo en minutos y milenios.
Una carreta que iba para Nínive
llegó a Nebraska.
Un gallo cantó lejos del mundo,
en la previda a menos mil de nuestros padres.
La tierra giró musicalmente
llevándonos a bordo;
no cesó de girar un solo instante,
como si tanto amor, tanto milagro
sólo fuera un adagio hace mucho ya escrito
entre las partituras del Simposio".
(21 gramas)

quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Assim se sentia...

Parecia que nada a renovaria
Estava predestinada a tal
Na verdade sempre foi nó, muito só...

Assim se sentia...

Uma beata entediada na submissão da oração
Devoradora de fé, esperança e alegrias
Era o sinônimo de cansaço, desesperança e exaustão...

Assim se sentia...

Parecia que nada e ninguém a suportava.... pudera...
Um cadáver ambulante "zumbiziguiando" pelas semanas...
Tudo faziam para evitá-la... sem conseguir...

Assim se sentia...

Queriam vê-la a distância
Ninguém gostava dela.... nela... por ela
Repudiada, rejeitada, negada...
Até mal falada...

Assim se sentia...

Mudou... por um decreto... transformou...
Era uma vez uma segunda-feira que virou feriado, decidido e enforcado.
E foi assim que se tornou desejada, cobiçada, realizada e muitos "adas"...
Passou a se sentir..

Ela... a tal segunda-feria.

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Como?


E os dois irmãos continuavam na disputa para saber qual desenho era o mais bonito, cada qual vangloriando o seu... Não havia consenso... então, por fim, chamaram a mãe para decidir.
Difícil dizer... a mãe achou os dois desenhos bonitos, diferentes... Ficou olhando sem saber o que falar, quando o mais velho falou:
  • Ela não vai votar, já sei que vai dizer que “cada um é bonito a seu modo”... Vem, vamos jogar bola... mas fique certo que meu camelo é muito mais bonito que o seu...
E deixou a mãe ali, olhando perplexa o desenho, ainda mais perdida do que antes. Não encontrou nenhum camelo, no meio daqueles desenhos.


sábado, 27 de outubro de 2012

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Mágico


Benjamin Lacombe


porque tenho medo...

O medo é que faz que não vejas, nem ouças porque um dos efeitos do medo é turvar os sentidos, e fazer que pareçam as coisas outras do que são! (Dom Quixote de La Mancha)

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Nada importa... vá em frente....





“Não importa onde você parou...
Em que momento da vida você cansou...
O que importa é que sempre é possível recomeçar.
Recomeçar é dar uma nova chance a si mesmo...
É renovar as esperanças na vida e, o mais
importante...
Acreditar em você de novo.
Sofreu muito neste período? Foi aprendizado...
Chorou muito? Foi limpeza da alma...
Ficou com raiva das pessoas?
Foi para perdoá-las um dia...
Sentiu-se só diversas vezes?
É porque fechaste a porta até para os anjos...
Acreditou que tudo estava perdido?
Era o início da tua melhora...
Onde você quer chegar? Ir alto?
Sonhe alto... Queira o melhor do melhor...
Se pensarmos pequeno... Coisas pequenas teremos...
Mas se desejarmos fortemente o melhor e, principalmente, lutarmos pelo melhor...
O melhor vai se instalar em nossa vida.
Porque sou do tamanho daquilo que vejo, e não do tamanho da minha altura".


"Definitivo, como tudo o que é simples.
Nossa dor não advém das coisas vividas, mas das coisas que foram sonhadas e não se
cumpriram.
Por que sofremos tanto por amor?
O certo seria a gente não sofrer, apenas agradecer por termos conhecido uma pessoa tão
bacana, que gerou em nós um sentimento intenso e que nos fez companhia por um tempo
razoável, um tempo feliz.
Sofremos por quê?
Porque automaticamente esquecemos
o que foi desfrutado e passamos a sofrer pelas nossas projeções irrealizadas,
por todas as cidades que gostaríamos de ter conhecido ao lado do nosso amor e não
conhecemos, por todos os filhos que gostaríamos de ter tido junto e não tivemos, por todos
os shows e livros e silêncios que gostaríamos de ter compartilhado,  e não compartilhamos.
Por todos os beijos cancelados, pela eternidade.
Sofremos não porque nosso trabalho é desgastante e paga pouco, mas por todas as horas
livres que deixamos de ter para ir ao cinema,  para conversar com um amigo, para nadar,
para namorar.
Sofremos não porque nossa mãe é impaciente conosco, mas por todos os momentos em que
poderíamos estar confidenciando a ela nossas mais profundas angústias se ela estivesse
interessada em nos compreender.
Sofremos não porque nosso time perdeu, mas pela euforia sufocada.
Sofremos não porque envelhecemos, mas porque o futuro está sendo confiscado de nós,
impedindo assim que mil aventuras nos aconteçam,  todas aquelas com as quais sonhamos e
nunca chegamos a experimentar.
Como aliviar a dor do que não foi vivido?
A resposta é simples como um verso:
Se iludindo menos e vivendo mais!!!
A cada dia que vivo, mais me convenço de que o desperdício da vida está no amor que não
damos, nas forças que não usamos, na prudência egoísta que nada arrisca, e que,
esquivando-se do sofrimento, perdemos também a felicidade.
A dor é inevitável.
O sofrimento é opcional."

Carlos Drummond de Andrade

Ninguém viu... sentiu...



Fiquei. Você sabe que eu fiquei. E que ficaria até o fim, até o fundo. Que aceitei a queda, que aceitei a morte. Que nessa aceitação, caí. Que nessa queda, morri. Tenho me carregado tão perdido e pesado pelos dias afora. E ninguém vê que estou morto."

Caio F. Abreu

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

sábado, 22 de setembro de 2012

Minha estrela

 
– E quando estiveres consolado (a gente sempre se consola), tu ficarás contente por teres me conhecido. Tu serás sempre meu amigo. Terás vontade de rir comigo. E às vezes abrirás tua janela apenas pelo simples prazer... E teus amigos ficarão espantados de ver-te rir olhando o céu. Tu explicarás então: “Sim, as estrelas, elas sempre me fazem rir!” E eles te julgarão louco. Será uma peça que te prego...
E riu de novo.
– Será como se eu lhe houvesse dado, em vez de estrelas, montes de pequenos guizos que sabem rir...”
O pequeno príncipe

sábado, 21 de janeiro de 2012

Alma...


Seu jeito me encantava, você era o meu encantador.  Suas histórias me enfeitiçavam, eu era sua tiete.  Suas mãos eram divinas escrevendo e mais ainda quando encontravam as minhas ou quando suavemente acariciava meu rosto, meu cabelo.  Sua boca, seu corpo… tudo era divino. Sua voz tinha o tom certo da serenidade, do conforto.  Seus braços eram portos seguros. Seus olhos eram um convite a sedução e também a razão.  Seu sorriso era uma luz nas trevas.  Eu te amava, demais.  Ainda te amo apaixonadamente.  E minha paixão crescia, meu amor se expandia muito mais pelo que eu sabia que ainda descobriria de você, e já me fascinava antecipadamente. Agora quero me encantar pela sua alma… que nossas almas se encontrem rapidamente, pois preciso de você… inteiro… corpo, mente, alma e ilusão.

Clausura...


Sei que é necessário continuar… fluir… mas tudo me bloqueia, estaciona…
Meus pés estão pregados, estou presa...minha alma fugiu de mim a procura… procura..
Meus pensamentos vagam…. Ainda não me juntei… E tudo dói…. Como dói….
E tudo que acontece nesta minha clausura, no peito, na alma…  ninguém imagina, ninguém sabe.  Apenas eu sinto.