sexta-feira, 23 de novembro de 2012

El Sol



El sol nos olvidó ayer sobre la arena,
nos envolvió el rumor suave del mar,
tu cuerpo me dio calor,
tenía frío,
y allí, en la arena,
entre los dos nació este poema,
este pobre poema de amor
para ti.



Mi fruto, mi flor,
mi historia de amor,
mis caricias.

Mi humilde candil,
mi lluvia de abril,
mi avaricia.

Mi trozo de pan,
mi viejo refrán,
mi poeta.

La fe que perdí,
mi camino
y mi carreta.

Mi dulce placer,
mi sueño de ayer,
mi equipaje.

Mi tibio rincón,
mi mejor canción,
mi paisaje.

Mi manantial,
mi cañaveral,
mi riqueza.

Mi leña, mi hogar,
mi techo, mi lar,
mi nobleza.

Mi fuente, mi sed,
mi barco, mi red
y la arena.

Donde te sentí
donde te escribí
mi poema.
(Joan Manuel Serrat)

O sol esqueceu-nos ontem na areia, nos envolveu o suave murmúrio do mar, seu corpo me deu calor, estava frio e estava lá, a areia entre os dois nasceu neste poema, este pobre poema de amor para você.

Minha fruta, minha flor, minha história de amor, minhas carícias.

Minha humilde candil, minha chuva de abril, minha ganância.

Meu pedaço de pão, meu velho ditado, meu poeta.

A fé que eu perdi, meu caminho e meu carrinho.

Meu doce prazer, meu sonho de ontem, minha bagagem.

Meu canto quente, minha melhor canção, minha paisagem.

Minha primavera, meu cañaveral, minha riqueza.

Minha lena, minha casa, meu telhado, meu lar, minha nobreza.

Minha fonte, minha sede, meu barco, minha rede e areia.

Onde eu me senti quando escrevi meu poema. 

(Joan Manuel Serrat)

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