Faz de conta que o céu está lindo, que a saudade é pequena e que a fé é imensa.
Faz de conta que a dor não existe, foi embora para não mais voltar.
Faz de conta que ama e que, também, é amada. E que o amor sempre vem, mesmo tardio.
Faz de conta que nada mais sangra, que o sonho não acabou e que o riso é constante.
Faz de conta que quando o desejo chega a esperança nos encontra e faz brilhar.
Faz de conta que num piscar de olhos a gente constrói o que quiser e idealizar.
Faz de conta que o amor é tanto que corre das veias e chega a sobrar e encantar.
Faz de conta que a inocência ainda existe e está bem pertinho da gente.
Faz de conta que as pessoas que a gente gosta aparecem em sonho para nos visitar.
Faz de conta que o fio da vida é longo e que nele cabe a eternidade.
Faz de conta que as cantigas da infância ocupam o lugar do choro.
Faz de conta que a gente consegue desatar os “nós de marinheiro” que a vida dá.
Faz de conta que não é preciso inventar nenhum “faz de conta” para viver.
Faz de conta.