El sol nos olvidó ayer sobre la arena,
nos
envolvió el rumor suave del mar,
tu cuerpo me dio calor,
tenía
frío,
y allí, en la arena,
entre los dos nació este
poema,
este pobre poema de amor
para ti.
Mi
fruto, mi flor,
mi historia de amor,
mis caricias.
Mi
humilde candil,
mi lluvia de abril,
mi avaricia.
Mi
trozo de pan,
mi viejo refrán,
mi poeta.
La fe que
perdí,
mi camino
y mi carreta.
Mi dulce placer,
mi
sueño de ayer,
mi equipaje.
Mi tibio rincón,
mi mejor
canción,
mi paisaje.
Mi manantial,
mi cañaveral,
mi
riqueza.
Mi leña, mi hogar,
mi techo, mi lar,
mi
nobleza.
Mi fuente, mi sed,
mi barco, mi red
y la
arena.
Donde te sentí
donde te escribí
mi poema.
(Joan
Manuel Serrat)
O sol esqueceu-nos ontem na areia, nos envolveu o
suave murmúrio do mar, seu corpo me deu calor, estava frio e estava
lá, a areia entre os dois nasceu neste poema, este pobre poema de
amor para você.
Minha fruta, minha flor, minha história de
amor, minhas carícias.
Minha humilde candil, minha chuva de
abril, minha ganância.
Meu pedaço de pão, meu velho ditado,
meu poeta.
A fé que eu perdi, meu caminho e meu
carrinho.
Meu doce prazer, meu sonho de ontem, minha
bagagem.
Meu canto quente, minha melhor canção, minha
paisagem.
Minha primavera, meu cañaveral, minha
riqueza.
Minha lena, minha casa, meu telhado, meu lar, minha
nobreza.
Minha fonte, minha sede, meu barco, minha rede e
areia.
Onde eu me senti quando escrevi meu poema.
(Joan Manuel Serrat)
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